Anteriormente, o jornal The Wall Street Journal, citando fontes, informou que Trump está considerando ataques aéreos preventivos contra o Irã para impedir que desenvolva armas nucleares.
Depois, em uma entrevista à revista Time, o presidente eleito dos EUA não descartou a possibilidade de guerra com o Irã, dizendo que "tudo é possível".
O cientista político Chuprygin acha que as chances de um conflito armado com o Irã são muito pequenas.
"Essa é a retórica de Trump, e não é a primeira vez que a utiliza. Em minha opinião, não irá nessa direção. Ninguém vai permitir que inicie uma guerra contra o Irã. Todos nós esquecemos que Trump, não importa o quão flagrante e não sistemático ele possa ser, ainda está dentro da estrutura muito rígida do establishment americano", disse o especialista.
De acordo com ele, Trump não pode, em princípio, tomar tal decisão sozinho.
"E, basicamente, Trump não pode se levantar de manhã e dizer: 'Vou atacar o Irã esta noite com tudo o que tenho e ver o que acontece'. Ele não pode fazer isso. Portanto, não vai fazer isso. Todo o resto são discussões vazias", acrescentou Chuprygin.
Em 2015, o Reino Unido, a China, a França, a Alemanha, a Rússia, os EUA e o Irã fecharam um acordo nuclear que envolvia o levantamento das sanções em troca da restrição do programa nuclear iraniano.
Sob a presidência de Trump, os EUA se retiraram do acordo em maio de 2018 e restabeleceram as sanções contra Teerã.
Em resposta, o Irã anunciou uma redução gradual de suas obrigações nos termos do acordo, renunciando às restrições sobre pesquisa nuclear e níveis de enriquecimento de urânio, entre outras coisas.