O relatório apontou ainda que a expectativa para o próximo ano é de que a inflação chegue a 4,5%, contra 4,8% previstos para 2024.
Já com relação à indústria, a entidade prevê crescimento de 3,3% do setor neste ano e 2,1% em 2025. A redução da alta ocorre por conta da retomada do ciclo de alta dos juros pelo Banco Central, além da evolução menor na geração de empregos e redução dos gastos públicos por conta da dívida do governo.
A taxa de juros deve terminar 2025 em 12,75% ao ano, meio ponto acima do indicador atual, de 12,25%. Porém, em março do próximo ano, a CNI prevê juros em 14,25% ao ano, número que deve permanecer até agosto.
Em relação ao dólar, a entidade estima taxa de câmbio média de R$ 5,70 no próximo ano, apesar das altas históricas recentes.
"Esse nível de taxa de câmbio que vemos hoje, não vemos que ele permaneça. Ao longo do ano devemos ter reversão desse quadro por causa da redução de risco fiscal. Isso ocorrerá por causa da aprovação do pacote de corte de gastos e porque acreditamos que a proposta de reforma do Imposto de Renda não diminuirá receitas", declarou o superintendente de Economia da CNI, Mario Sérgio Telles, à Agência Brasil.
Também há expectativa que entre 70% e 80% das medidas propostas pelo governo de redução dos gastos públicos sejam aprovadas pelo Congresso, o que pode gerar economia de R$ 22 bilhões no próximo ano.