Anteriormente, o jornal The New York Times, citando suas fontes, relatou que Trump pode pedir às tropas europeias e britânicas que estabeleçam uma zona tampão de 1.200 km entre as forças russas e ucranianas, que seria patrulhada por 40.000 soldados, como parte de seu plano para resolver o conflito na Ucrânia.
"Nem legalmente, nem tecnicamente possível", afirmou Oleinik.
O especialista explicou que, de forma legal, um contingente de manutenção da paz só pode ser introduzido em dois casos:
O primeiro caso é uma decisão da ONU, mas a Rússia e a China não vão permitir isso, "pelo menos a Rússia definitivamente não permitirá";
A segunda opção é quando ambos os lados do conflito pedem ajuda não apenas à ONU, mas, por exemplo, a outros países. Porém, a Rússia não vai recorrer ao Reino Unido ou à França, "já que são partes do conflito".
Para Moscou, isso equivaleria a não atingir os objetivos da operação militar especial e "convidar voluntariamente" as tropas ocidentais para mais perto da Rússia, porque um contingente de manutenção da paz nunca é uma solução temporária, disse o especialista.
Além disso, de acordo com Oleinik, o número insuficiente de tropas europeias e o declínio geral das forças armadas no Ocidente tornam tecnicamente impossível a criação de uma zona tampão sob controle europeu.
A Europa também não está disposta a entrar em conflito, pois conhece as consequências da presença de um contingente estrangeiro no território da Ucrânia sem a permissão da Rússia, acredita o especialista.
Oleinik lembrou que Trump é, antes de tudo, um negociante, e muitas de suas propostas são intencionalmente apresentadas por ele a "preços inflacionados", para alcançar um compromisso.