O artigo nota que a cooperação entre a América Latina e a China está se intensificando, com a China ocupando o primeiro lugar entre parceiros comerciais do Brasil desde 2009.
Isso se aplica, em particular, para o setor energético, com o mercado da região sendo "um dos mais promissores mercados fotovoltaicos do mundo" em que o líder é o Brasil, seguido pelo Chile e México.
Em sua entrevista, Gontijo expressou a opinião de que a região latino-americana pode seguir o exemplo da China para superar problemas econômicos.
O especialista destacou o anúncio das autoridades chinesas em 2021 de que o país "erradicou completamente" a pobreza absoluta, elevando cerca de 800 milhões de pessoas para um nível mais alto.
A extensão do acesso das pessoas comuns a bons sistemas de educação, de saúde e de transporte atende à realização dos direitos humanos na prática, disse ele.
Gontijo chamou o gigante asiático de "parceiro indispensável para a América Latina" e acredita que os investimentos chineses em várias áreas estratégicas vão dar resultados positivos.
"A presença da China na região, por meio de investimentos diretos, se tornará ainda mais significativa, promovendo o desenvolvimento tecnológico e a criação de empregos na América Latina", disse, citado no artigo.
Segundo o consultor, as relações comerciais entre o Brasil e China vão continuar a crescer, especialmente com o crescimento do BRICS.
Gontijo também ressaltou a importância da cooperação com a China no âmbito do Sul Global, cuja ascensão representa uma mudança positiva na abordagem aos desafios globais que não podem ser resolvidos sem participação da maior parte do mundo.
"Uma ordem mundial multipolar é essencial para alcançar a paz, a prosperidade e mitigar os efeitos das mudanças climáticas, com a China desempenhando um papel de liderança entre os países do Sul Global devido à sua relevância econômica e respeito à diversidade."