Lula fez a declaração ao lado de Galípolo e dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; e da Casa Civil, Rui Costa.
"Eu quero que você saiba que jamais haverá da parte da Presidência qualquer interferência no trabalho que você tem que fazer no Banco Central", afirmou o presidente.
Além disso, o petista reafirmou a confiança no trabalho de Galípolo. "Queria dizer para o Galípolo que seguimos mais convictos do que nunca que a estabilidade econômica e o combate à inflação são as coisas mais importantes para proteger o salário e o poder de compra das famílias brasileiras. Tomamos as medidas necessárias para proteger a nova regra fiscal e seguiremos atentos à necessidade de novas medidas", acrescentou.
O indicado de Lula ao cargo substitui Roberto Campos Neto, que entrou em embates constantes com o governo nos últimos dois anos principalmente por conta da taxa de juros, que voltou a subir no país. Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) definiu o indicador em 12,25% por conta da alta do dólar, do panorama da economia global e das incertezas sobre a inflação no Brasil.
"Quero que você saiba que você está aqui por uma relação de confiança minha e de toda a equipe do governo. E quero dizer que você será, certamente, o mais importante presidente do Banco Central que esse país já teve, porque você vai ser o presidente com mais autonomia que o Banco Central já teve. Porque eu tenho certeza que, pela tua qualidade profissional, tua experiência de vida e teu compromisso com o povo brasileiro, certamente você vai dar uma lição de como se governa o Banco Central com a verdadeira autonomia."