Panorama internacional

Israel acusa o papa Francisco de ter 'dois pesos e duas medidas' na questão de Gaza

Acusação foi em resposta às críticas do pontífice ao ataque israelense que matou dez pessoas da mesma família no enclave, sendo sete crianças.
Sputnik
O Ministério das Relações Exteriores de Israel acusou o papa Francisco de ter "dois pesos e duas medidas" em relação à questão de Gaza.
A acusação foi feita em comunicado divulgado neste sábado (21), horas após o pontífice condenar e classificar como "crueldade" o bombardeio israelense no enclave que matou sete crianças de uma mesma família na sexta-feira (20).

"As observações do papa são particularmente decepcionantes, pois estão desconectadas do contexto verdadeiro e factual da luta de Israel contra o terrorismo jihadista — uma guerra em várias frentes que foi forçada a partir de 7 de Outubro. Chega de dois pesos e duas medidas e de criticar unicamente o Estado judeu e seu povo", disse o órgão em comunicado.

Panorama internacional
Ataque israelense mata pelo menos 20 pessoas em escola na Faixa de Gaza
Na sexta-feira (20), um ataque aéreo israelense atingiu a região de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, matando dez pessoas de uma mesma família, entre elas sete crianças.
"Ontem, crianças foram bombardeadas. Isso é crueldade, isso não é guerra", afirmou o pontífice ao abordar o assunto em uma audiência com membros da Cúria, o governo da Santa Sé.
Em 7 de outubro, Israel foi alvo de um ataque sem precedentes do grupo palestino Hamas, que se infiltrou na zona fronteiriça e abriu fogo contra civis, deixando 1.200 mortos e fazendo pelo menos 200 reféns. Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram uma ofensiva contra o grupo palestino e implementaram um bloqueio à entrada de ajuda humanitária e itens de primeira necessidade na Faixa de Gaza.
Neste sábado, o Ministério da Saúde Palestino afirmou que o número de mortos pela ofensiva israelense chegou a 45,2 mil e mais de 107,5 mil pessoas ficaram feridas. A ofensiva israelense é acusada de desproporcional e de promover a chamada punição coletiva contra civis palestinos.
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