A China criticou os EUA pelo envio de assistência militar a Taiwan, no valor de US$ 571,3 milhões (cerca de R$ 3,4 bilhões), e pela aprovação de US$ 295 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão) em vendas de armas para a ilha. O pacote de assistência foi anunciado na sexta-feira (20), pelo presidente dos EUA, Joe Biden.
A porta-voz do Gabinete dos Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado da China, Zhu Fenglian, enfatizou que a China se opõe firmemente ao envio de ajuda militar e envio de armas dos EUA a Taiwan.
"Esta posição é consistente e clara. Os movimentos dos EUA violam seriamente o princípio de Uma Só China e os três comunicados conjuntos entre China e EUA, especialmente o Comunicado de 17 de agosto, e contradizem o sério compromisso feito por seus líderes de não apoiar a independência de Taiwan", informou a porta-voz.
Já o Ministério das Relações Exteriores da China tornou a alertar que Taiwan é "uma linha vermelha" que não deve ser ultrapassada e que a China tomará todas as medidas necessárias para proteger sua integridade.
"A questão de Taiwan está no cerne dos interesses essenciais da China e é a primeira linha vermelha que não pode ser cruzada nas relações China-EUA. Ajudar a independência de Taiwan armando Taiwan é como brincar com fogo e vai queimar os EUA, e usar a questão de Taiwan para conter a China está fadado ao fracasso", enfatizou a porta-voz do órgão, Mao Ning.
Ela acrescentou que a China pede que os EUA parem imediatamente de armar Taiwan e cessem os movimentos perigosos que minam a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan.
"Tomaremos todas as medidas necessárias para defender firmemente a soberania nacional, a segurança e a integridade territorial", informou a porta-voz.