De acordo com a Reuters, médicos palestinos disseram que oito pessoas, incluindo crianças, foram mortas na Escola Musa Bin Nusayr que abrigava famílias deslocadas na Cidade de Gaza vítimas de ataques do Exército de Israel.
Em um comunicado, a força israelense afirmou que o ataque teve como alvo militantes do Hamas que teriam usado o local para planejar e executar ataques contra forças israelenses, havendo alegadamente um centro de comando de operações improvisado dentro da escola.
Em paralelo, dois ataques aéreos separados, sendo um em Rafah e outro em Khan Yunis, no sul do enclave, fizeram outras cinco vítimas. Outro ataque aéreo na Cidade de Gaza atingiu um carro, matando quatro palestinos, segundo os médicos locais.
Hussam Abu Safiya, diretor do Hospital Kamal Adwan da cidade de Beit Lahia, no norte de Gaza, disse à mídia que o Exército de Israel ordenou que a equipe evacuasse o hospital e transferisse pacientes e feridos para outro hospital na área, mas que a ordem era quase impossível de ser executada uma vez que não há ambulâncias para transferir os pacientes.
As autoridades palestinas acusam o Exército israelense de "atos de limpeza étnica". Israel nega afirmando que sua campanha de bombardeio aéreo visa evitar que os militantes do movimento palestino Hamas se reagrupem.
Até agora não foi possível estabelecer um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, apesar dos esforços dos mediadores. Ainda na quinta-feira (19), fontes próximas aos negociadores afirmaram à Reuters que o Catar e o Egito conseguiram resolver algumas diferenças entre as partes, mas ainda havia pontos de atrito.