Durante a coletiva de imprensa anual, o presidente russo Vladimir Putin desafiou o Ocidente para um duelo de mísseis, caso duvide das capacidades da nova arma russa. Ele propôs que os países ocidentais escolham um alvo a ser atingido pelo novo míssil Oreshnik em Kiev, concentrem lá todas as suas forças antiaéreas e antimíssil e tentem interceptar o míssil russo.
"Mesmo que apenas um míssil seja lançado, a seguir, aparentemente são liberadas cinco ou seis ogivas guiadas individuais, que voam para o seu alvo. Além disso, pode haver alvos falsos acompanhando, de modo que será necessário identificar e atingir não um, mas uma nuvem inteira de alvos", comentou Rose.
Os EUA e a OTAN têm sistemas de defesa antimísseis da geração PAC-3, que são otimizados para defesa contra mísseis balísticos. No entanto, de acordo com Rose, o problema será que, em caso de outro ataque, podem ser lançados não um ou vários mísseis com aviso prévio, como foi no caso de Dnepropetrovsk, mas vários sem aviso prévio.
"Quando mísseis como o Oreshnik estão voando a uma velocidade dez vezes mais rápida que o som, será extremamente difícil interceptá-los, porque o tempo para os derrubar com sucesso é muito curto. A probabilidade de interceptar algo semelhante é extremamente pequena, embora não impossível", explicou o especialista.
Neste caso, a OTAN enfrentaria sérias dificuldades, já que os sistemas de defesa aérea são atualmente incapazes de interceptar tais alvos. Nem ajudaria o fato de os EUA desenvolverem armas cinéticas e o programa antimíssil hit-to-kill (atingir para matar), cujos projéteis são supostos abater alvos individuais que se aproximam.
"Na tela do radar, você verá não apenas um míssil, mas 10, 20, 30, 40, 50 objetos se aproximando ao mesmo tempo. A OTAN não tem capacidade de proteção contra isso e será capaz de derrubar três ou quatro alvos se a bateria do Patriot PAC-3 estiver pronta para uso em determinado lugar", disse Rose.