"Vai muito do espírito da nossa época, das coisas imediatas e do poder do dinheiro. Se eu falar assim: 'Olha, eu vou pegar esse dinheiro, mas eu vou melhorar a escola, daqui a dez anos a universidade, a escola, o trânsito vai estar melhor'. Você quer isso ou você quer o dinheiro agora? Se você colocar nesse ponto de vista, as pessoas vão dizer: 'Não, eu quero agora'", avalia.
"Pode ser que o quadrante que eles vão explorar tenha menos petróleo do que imaginam, ou tenha a quantidade de petróleo [desejada], mas ele esteja mais difícil [de obter], esteja em uma profundidade maior", descreve, listando fatores que podem interferir na promessa.
Suriname: democracia com histórico problemático
"Há uma rota do tráfico de drogas que passa por Colômbia, Suriname e vai até os Países Baixos, e dos Países Baixos [a droga] é distribuída para a União Europeia. Então, por exemplo, tem mandado da Interpol para o vice-presidente do Suriname, Ronnie [Brunswijk], e o filho do antigo presidente, o Dési Bouterse, foi preso já por questão de […] tráfico de drogas."
"Se distribui uma quantia X para a população é porque está ganhando o triplo ou o quádruplo — via de regra é assim. Ainda mais em países pequenos, porque aí você tem uma democracia menos desenvolvida, os jornais mais controlados, fica difícil a sociedade pressionar os seus agentes políticos para uma transparência mais efetiva", avalia o especialista.