Trump disse no dia 22 de dezembro que esperaria para se encontrar com Putin para resolver o conflito na Ucrânia. Ele descreveu as hostilidades na Ucrânia como "terríveis" e reiterou que se ele fosse o presidente dos EUA, em vez do atual presidente Joe Biden, o conflito não teria ocorrido.
Mais cedo, Vladimir Putin também disse que estava pronto para conversar e se encontrar com Trump, observando que, se tal reunião acontecesse, os dois presidentes teriam muito o que conversar.
"O encontro entre Trump e Putin não será nada mais do que um anúncio ao mundo sobre o acordo de cessar-fogo [na Ucrânia] alcançado por meio dos conselheiros. O acordo, na minha opinião, implicará a suspensão da adesão da Ucrânia à OTAN por um longo período e a aceleração da sua adesão à União Europeia", afirmou Engin Ozer, principal especialista da rede Ancara e Moscou.
Ozer também admitiu o envio de forças estrangeiras para a linha de frente ucraniana.
Anteriormente, Michael Carpenter, assistente especial do presidente dos EUA e diretor de Assuntos Europeus no Conselho de Segurança Nacional, disse que a decisão sobre as perspectivas da Ucrânia para a adesão à OTAN caberá ao governo de Donald Trump, mas a possibilidade de chegar a um acordo ainda em 2025 é duvidosa.
Além disso, como candidato presidencial, o republicano reiterou que, se reeleito, resolveria o conflito em 24 horas. Questionado se queria que a Ucrânia vencesse, Trump disse que não pensava "em termos de vencedores e perdedores".
"Quero que todos parem de morrer: russos e ucranianos", enfatizou. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, por sua vez, observou que o problema era complicado demais para ser resolvido em um dia.
Em 14 de junho, Vladimir Putin propôs várias condições importantes para iniciar as negociações de paz, em particular, que a Ucrânia retirasse as tropas de quatro novos territórios russos, nomeadamente Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhie, desistisse de aderir à OTAN e mantivesse uma posição neutra, não alinhada e status não nuclear e que todas as sanções contra a Rússia sejam levantadas. Vladimir Zelensky, por sua vez, rejeitou a proposta, chamando-a de ultimato.