Operação militar especial russa

Ocidente não é capaz de propor um acordo real sobre Ucrânia, diz ex-diplomata americano

O Ocidente não é capaz de propor à Rússia um plano de solução real e sustentável, porque a sua política tem o objetivo de preservar seu próprio domínio na Europa e se preparar para novas frentes de confrontação, disse à Sputnik James Jatras, ex-diplomata dos EUA.
Sputnik

"Ainda existe a probabilidade de melhorar as relações. Porém, é importante considerar a realidade. Quando Winston Churchill se tornou primeiro-ministro do Reino Unido, ele disse que não havia chegado ao poder para supervisionar o desmantelamento do Império Britânico. Donald Trump, da mesma forma, não se tornou presidente para gerenciar a queda do império americano", sublinhou Jatras.

Além disso, o ex-diplomata acrescentou que Trump quer evitar a derrota na Ucrânia, tendo como seu objetivo congelar o conflito e alcançar o cessar-fogo.
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Segundo o especialista, os EUA consideram a derrota potencial da Ucrânia uma catástrofe para a OTAN, porque isto poderia levar à decadência da aliança.

"Eles não podem fazer isso, porque têm outras prioridades: eles querem atacar o Irã, depois começar o conflito com a China. A ideia de sua estratégia é assim: 'Vamos congelar a Ucrânia, evitando a derrota total, e diremos que alegadamente vencemos, depois vamos considerar outras frentes", destacou ele.

Militares russos do agrupamento de tropas Tsentr (Centro) na direção de Krasnoarmeisk na operação militar especial.
Jatras também ressaltou que a situação futura dependerá da posição da Rússia.

"O presidente Vladimir Putin, o senhor [vice-presidente do Conselho de Segurança russo] Dmitry Medvedev e outros líderes russos não querem um acordo semelhante aos acordos de Minsk que não será implementado pelo Ocidente. Eles querem uma solução forte e sustentável", afirmou.

Portanto, na ótica do especialista, o Ocidente não conseguirá propor uma solução, porque os EUA querem preservar seu papel de gendarme da Europa, enquanto não mudam para outras frentes, disse ele.
James Jatras trabalhou no Serviço de Relações Exteriores dos EUA por seis anos e meio, primeiro no México e depois na Divisão de Assuntos da União Soviética do Departamento de Estado dos EUA no início da década de 1980. Posteriormente, foi consultor de política externa da liderança republicana no Senado dos EUA.
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