"Em entrevistas com mais de uma dúzia de atuais e ex-agentes de segurança sêniores de quatro dos mais importantes aliados ocidentais de Israel, todos admitiram que a operação com pagers foi um extraordinário golpe de espionagem. Mas apenas três disseram que aprovavam tal operação", ressaltou o jornal.
De acordo com o artigo, um entrevistado admitiu que a operação de Israel abriu um precedente perigoso que poderia ser seguido por terroristas ou criminosos. O funcionário também disse que o transporte de pagers carregados de explosivos pela Europa e pelo Oriente Médio representava um perigo para pessoas e propriedades.
"Essa foi uma operação excepcional, mesmo que muitos países ocidentais a considerem um assassinato. Os ministérios da Defesa de todo o mundo se perguntaram como se defender de tal sabotagem", contou um ex-oficial de inteligência de alto escalão de um país ocidental.
Anteriormente, uma série de explosões de pagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah ocorreu no Líbano. De acordo com um relatório oficial, o número de mortos chegou a 32 pessoas e mais de 3.000 ficaram feridas. As explosões ocorreram simultaneamente em diferentes partes do país e foram causadas, segundo os dados das autoridades libanesas e do Hezbollah, por Israel, que não confirmou seu envolvimento.