"A natureza pragmática de Trump, seu desejo de evitar guerras e seu desprezo pelos aliados democráticos levarão os Estados Unidos a buscar grandes acordos com a Rússia e a China. O país se concentrará em afirmar sua dominação regional, pressionando México e Canadá, com intenção de recuperar o Canal do Panamá e a Groenlândia. Trump forçará a Ucrânia a aceitar um acordo de paz sem garantias de segurança, aliviará sanções contra a Rússia e ficará feliz em receber [o presidente russo Vladimir] Putin em um jantar de Ação de Graças em Mar-a-Lago", afirma o jornal.
Sobre as relações com a China, a publicação sugere que Trump poderia flexibilizar restrições tecnológicas e tarifas em troca de maior exportação de produtos norte-americanos para o país. A publicação também alega um possível desinteresse na "defesa de Taiwan" pelo novo governo.
Anteriormente, Trump declarou que poderia resolver o conflito na Ucrânia através de negociações realizadas em um único dia. Entretanto, autoridades russas consideram essa questão complexa demais para uma solução tão simplista.
Em entrevista à NBC News, Trump indicou que, sob sua administração, Kiev "provavelmente" não deverá esperar os mesmos níveis de ajuda dos EUA que recebeu durante o governo Joe Biden.
Já a Rússia afirma que o fornecimento de armas à Ucrânia atrapalha a resolução do conflito, envolve diretamente os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e constitui "uma brincadeira perigosa" com relação à Ucrânia.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, já afirmou que qualquer carregamento com armas destinadas à Ucrânia será considerado alvo legítimo para a Rússia.