Nos últimos três meses, o Hospital Kamal Adwan foi atingido várias vezes por tropas israelenses em sua ofensiva contra combatentes do Hamas no norte de Gaza.
Ontem (28), o diretor do hospital foi detido junto com dezenas de funcionários e levado para um centro de interrogatório depois que as FDI invadiram a unidade e forçaram muitos funcionários e pacientes a saírem, obrigando-os a se despirem no inverno (Hemisfério Norte), disse o Ministério da Saúde de Gaza.
Os pacientes foram transferidos para o Hospital Indonésio danificado, onde as condições eram "extremamente difíceis", destacou o ministério.
Os militares israelenses confirmaram a detenção de Safiya e o chamaram de suspeito terrorista do Hamas, sem fornecer nenhuma evidência. Seu paradeiro atual permanece desconhecido.
O Hamas, por sua vez, pediu à ONU "e a todas as instituições internacionais relevantes que intervenham urgentemente" e enviem observadores internacionais à instalação "para verificar a verdade do que está acontecendo e refutar as mentiras e alegações da ocupação sobre seu uso para fins militares".
Os acontecimentos ocorrem após a Organização Mundial da Saúde (OMS) dizer que o ataque das FDI contra a instituição de saúde havia colocado o hospital "fora de serviço", acrescentando que "esse horror deve acabar e a assistência médica deve ser protegida".
As hostilidades, que estão em andamento desde a escalada do conflito palestino-israelense em outubro de 2023, já mataram mais de 45.400 palestinos e feriram mais de 108.000 outros, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.