O artigo do jornal britânico se baseia nas descobertas de um artigo científico publicado na revista Science.
"A caça industrial de grandes baleias, como o cachalote, baleia-azul, jubarte e baleia-da-groenlândia, 'mascarou' a capacidade desses gigantes subaquáticos de viver até idades avançadas", diz o The Guardian citando o material científico.
A ciência estudou, ainda nos anos 1990, as baleias-da-groenlândia, que eram caçadas tradicionalmente pelos inuítes, uma nação indígena nas regiões árticas do Canadá, do Alasca e da Groenlândia, e chegou à conclusão de que algumas dessas baleias teriam podido viver 200 anos ou ainda mais.
Essa hipótese se baseia em testes de proteínas das baleias e por antigas pontas de arpão dos inuítes encontradas em cabeças de baleias que haviam sobrevivido a caças anteriores.
O novo estudo indica que a mesma expectativa de vida poderia se aplicar às baleias-comuns.
Mais uma coisa que a pesquisa revelou é que o impacto humano está diretamente relacionado à expectativa de vida das baleias.
Os cientistas citaram duas baleias parecidas com habitats diferentes.
A baleia-franca-austral, que habita a costa do Brasil e todas as latitudes subpolares e temperadas do Hemisfério Sul, e a baleia-franca do Atlântico Norte, que habita as zonas da parte norte do Atlântico.
A espécie austral é mais protegida e, consequentemente, a população dela é maior. O estudo diz que até 10% dessas baleias vivem mais de 130 anos.
Enquanto isso, sua "parente distante" do Norte, que é extremamente rara, encontrada principalmente na costa leste da América do Norte, só tem 10% de sua população que sobrevive até os 47 anos.