Panorama internacional

Delegação síria visita Arábia Saudita em 1ª viagem ao exterior visando 'abrir novas relações'

Uma delegação síria composta pelo ministro das Relações Exteriores, Asaad al-Shaibani, o ministro da Defesa, Murhaf Abu Qasra, e o chefe da inteligência, Anas Khattab, chegou a Riad na primeira viagem oficial ao exterior das novas autoridades desde que Bashar al-Assad deixou o poder.
Sputnik

"Por meio desta primeira visita na história da Síria livre, aspiramos abrir uma nova e brilhante página nas relações sírio-sauditas, condizente com a longa história compartilhada entre os dois países", disse o ministro das Relações Exteriores, Asaad al-Shaibani, em sua conta no X.

A Arábia Saudita tinha recebido Bashar al-Assad em várias ocasiões nos últimos dois anos, retomando um diálogo que não acontecia desde a guerra civil na Síria em 2011.
Desta vez, os Estados do Golfo parecem não querer perder tempo a reconhecer as novas autoridades que substituíram o governo sírio depois da tomada de poder em Damasco no dia 8 de dezembro.
De acordo com o Financial Times (FT), os países árabes estão preocupados com o nível de instabilidade na região após as guerras em Gaza e no Líbano, além de estarem interessados em cortar o contrabando de Captagon e outras drogas ilícitas originárias da Síria.
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De todos os Estados do Golfo, a Arábia Saudita deu um passo mais importante ao enviar três aviões carregados de ajuda humanitária (com alimentos, tendas e suprimentos médicos), mas o Kuwait, por intermédio de seu ministro das Relações Exteriores, Abdullah al-Yahya, também manifestou interesse em aprofundar as relações com o novo governo pedindo à comunidade internacional que reconsiderasse as sanções a Damasco após um encontro, junto com o secretário-geral do Conselho de Cooperação do Golfo, Jasem al-Budaiwi com o governante de fato da Síria, Abu Mohammad al-Julani, na última segunda-feira (30).

O novo líder sírio afirmou ao canal de notícias Al Arabiya, de propriedade saudita, em uma entrevista na semana passada, que a Arábia Saudita "certamente teria um grande papel no futuro da Síria".

A aproximação da nova liderança da Síria dos Estados Árabes fez com que países como os EUA — que denominavam o grupo armado Hayat Tahrir al-Sham (HTS), do qual o novo líder sírio faz parte, como um grupo terrorista — tomassem medidas provisórias para se envolver em negociações com os novos governantes do país.
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