Panorama internacional

Israel anuncia recrutamento da 1ª brigada de soldados ultraortodoxos

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram o recrutamento da primeira brigada de soldados ultraortodoxos "Hahashmonaim"; 50 pessoas já foram alistadas no núcleo e outras 100 se juntarão à reserva.
Sputnik
"Cerca de 50 recrutas ultraortodoxos iniciais já foram alistados e formarão o núcleo da primeira companhia da brigada. Além disso, cerca de mais 100 cidadãos ultraortodoxos serão alistados no serviço de reserva", disse o Exército em um comunicado em seu canal do Telegram.
Os recrutas começarão seis meses de treinamento de infantaria, e a brigada é considerada um marco significativo na expansão do setor ultraortodoxo (Haredi) nas FDI.
Para os círculos ultrarreligiosos judaicos, esses jovens cumprem com seu dever público ao estudar os textos sagrados, contribuindo dessa forma para a estabilidade e a inviolabilidade do Estado hebraico.
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Até então existia apenas um batalhão composto de judeus haredi voluntários, o 97º Netzah Yehuda, ou Nahal Haredi como também é conhecido. Estabelecido em 1999, o batalhão conta com adaptações especiais para acomodar os estudiosos, como restrição do contato entre homens e mulheres que não são suas esposas e tempo dedicado de leitura da Torá.
Apesar de consistirem uma boa parcela da população israelense, a maioria dos haredi se declara não-sionista. Dessa forma, o batalhão concentra uma minoria mais extremista, tendo sido acusado de crimes de guerra contra palestinos que vão desde a morte de civis à tortura e estupros. Por conta disso, o governo dos Estados Unidos consideraram no ano passado sancionar seus membros, mas abandonou a ideia.
Anteriormente, o Ministro da Defesa israelense, Israel Katz, apresentou ao Comitê de Relações Exteriores e Segurança do Knesset, parlamento unicameral de Israel, novas diretrizes dentro da estrutura da lei sobre serviço militar, dentro da qual cerca de 50% dos jovens ultraortodoxos estão sujeitos ao recrutamento.
A manobra foi criticada por seu predecessor no cargo, Yoav Gallant, que renunciou a seu cargo de parlamentar em protesto.
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Por décadas os jovens haredi estudantes das escolas religiosas (Yeshivá) estiveram isentos de servir no Exército israelense. No entanto, em 2017 a Suprema Corte de Israel (Bagatz) considerou isso uma violação da igualdade entre os cidadãos e anulou a lei.
Desde então, o governo israelense tem continuamente adiado o processo de regularização do fardo militar. Em junho deste ano, a Bagatz decidiu por unanimidade que o Estado não pode mais isentar os alunos das escolas religiosas judaicas o serviço militar devido à falta de uma estrutura legal.
O painel de nove juízes também decidiu que o governo não pode mais fornecer suporte financeiro aos alunos de yeshivás que não receberam dispensa do serviço nas FDI.
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