"O direito do Estado libanês é ter o monopólio da posse de armas em seu território", disse Aoun ao parlamento. O presidente recém-eleito acrescentou ser necessário formar uma política de defesa integrada que permita ao Líbano livrar-se da ocupação israelense e das ameaças em todo o país.
"O Líbano está passando por uma crise de governança que exige a mudança de curso político. Estamos transitando para uma nova fase, na qual exercerei plenamente minha autoridade, protegendo as liberdades e preservando a independência do Judiciário", declarou Aoun.
Aoun também afirmou que trabalhará para ativar a comissão de revisão judicial, reformar as prisões, reconstruir o Líbano após a guerra com Israel e melhorar as relações com os países árabes.
"O Líbano tem uma oportunidade histórica de iniciar um diálogo sério e igualitário com a Síria para resolver questões pendentes, como fronteiras, desaparecidos e refugiados", disse o chefe de Estado.
Aoun acrescentou que pretende realizar consultas urgentes com os parlamentares para nomear um novo primeiro-ministro. Antes de ser eleito, o novo presidente era comandante do Exército libanês. Durante votação no parlamento, Aoun recebeu 99 votos dos 128 deputados do país.
O Líbano enfrentava um vazio presidencial desde outubro de 2022, após o término do mandato de Michel Aoun, que, apesar do mesmo sobrenome, não é parente do dirigente eleito.
O processo eleitoral presidencial no país é regulamentado pela Constituição e por peculiaridades do sistema político, baseado na distribuição confessional de poder. O presidente libanês é eleito pelo parlamento para um mandato de seis anos, sem possibilidade de reeleição consecutiva. Ainda é exigido que o presidente seja cristão maronita.