Panorama internacional

Autoridades libanesas devem ter controle exclusivo de armas no país, diz presidente eleito

As autoridades libanesas devem implementar o controle exclusivo de armas no país, que atravessa uma crise de poder exigindo uma mudança na abordagem política, afirmou nesta quinta-feira (9) o presidente eleito Joseph Aoun, após prestar seu juramento de posse.
Sputnik
"O direito do Estado libanês é ter o monopólio da posse de armas em seu território", disse Aoun ao parlamento. O presidente recém-eleito acrescentou ser necessário formar uma política de defesa integrada que permita ao Líbano livrar-se da ocupação israelense e das ameaças em todo o país.

"O Líbano está passando por uma crise de governança que exige a mudança de curso político. Estamos transitando para uma nova fase, na qual exercerei plenamente minha autoridade, protegendo as liberdades e preservando a independência do Judiciário", declarou Aoun.

Aoun também afirmou que trabalhará para ativar a comissão de revisão judicial, reformar as prisões, reconstruir o Líbano após a guerra com Israel e melhorar as relações com os países árabes.
"O Líbano tem uma oportunidade histórica de iniciar um diálogo sério e igualitário com a Síria para resolver questões pendentes, como fronteiras, desaparecidos e refugiados", disse o chefe de Estado.
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Comandante do Exército libanês é eleito novo presidente do país após vácuo de poder de 2 anos
Aoun acrescentou que pretende realizar consultas urgentes com os parlamentares para nomear um novo primeiro-ministro. Antes de ser eleito, o novo presidente era comandante do Exército libanês. Durante votação no parlamento, Aoun recebeu 99 votos dos 128 deputados do país.
O Líbano enfrentava um vazio presidencial desde outubro de 2022, após o término do mandato de Michel Aoun, que, apesar do mesmo sobrenome, não é parente do dirigente eleito.
O processo eleitoral presidencial no país é regulamentado pela Constituição e por peculiaridades do sistema político, baseado na distribuição confessional de poder. O presidente libanês é eleito pelo parlamento para um mandato de seis anos, sem possibilidade de reeleição consecutiva. Ainda é exigido que o presidente seja cristão maronita.
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