Autoridades do governo dos EUA, que visitaram o projeto no sul da Groenlândia duas vezes em 2024, compartilharam com a empresa, supostamente com dificuldades financeiras, a mensagem de que a venda a qualquer comprador ligado a Pequim seria indesejável, disse Barnes, sem revelar os nomes das autoridades ou das empresas chinesas interessadas.
No final, Barnes vendeu a empresa para a Critical Metals, sediada em Nova York, por US$ 5 milhões em dinheiro e US$ 211 milhões em ações (cerca de R$ 1,9 bilhão), o que é significativamente menor do que o preço proposto pelos chineses, disse a agência de notícias.
"Houve muita pressão para não vender para a China", disse o CEO da Critical Metals, Tony Sage.
Os esforços das autoridades americanas ressaltam o interesse de Washington nas terras dinamarquesas, que começou muito antes dos comentários recentes do presidente eleito Donald Trump.
Trump, que deve assumir o cargo em 20 de janeiro, em dezembro de 2024 chamou a posse da Groelândia, um território autônomo dinamarquês, de "necessidade absoluta" para os Estados Unidos, comentando assim sua decisão de nomear um novo embaixador dos EUA na Dinamarca.
O primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, respondeu dizendo que a ilha não está à venda.
Trump disse a repórteres no início de janeiro que não pode garantir que não usará a força militar para tomar a Groenlândia. Mais tarde, a vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh, afirmou que atualmente não há planos militares em andamento para tomar o controle da Groenlândia.
Trump anunciou a intenção de adquirir a Groenlândia em 2019, quando cumpria seu primeiro mandato presidencial.
A Groenlândia foi uma colônia da Dinamarca até 1953. Continua fazendo parte do reino, mas em 2009 recebeu autonomia com a possibilidade de autogoverno e escolhas independentes em política interna.