O enviado especial do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para o Oriente Médio, Steve Witkoff, chegou a Israel neste sábado (11) para promover um acordo para libertar reféns detidos pelo movimento palestino Hamas na Faixa de Gaza. A informação foi divulgada pela emissora israelense Canal 12.
Segundo a emissora, Witkoff deverá discutir a questão com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém. Após o encontro com o enviado americano, Netanyahu terá reuniões com representantes dos serviços de inteligência de Israel, nas quais se espera que seja tomada uma decisão sobre o envio dos chefes dos serviços de inteligência do país, Segurança Geral (Shin Bet) e Mossad, ao Catar para a próxima rodada de negociações.
Mais cedo, a mídia israelense informou que foram feitos progressos nas negociações sobre um assentamento na Faixa de Gaza em troca da libertação de reféns. No entanto, o gabinete de Netanyahu ainda não fez quaisquer declarações sobre Witkoff ou planos de enviar uma delegação israelense ao Catar.
De acordo com o Canal 12, antes de sua visita a Israel, Witkoff participou de reuniões em Doha com o primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abderrahman al-Thani. A visita do enviado especial dos EUA à região está relacionada com as tentativas das partes de chegarem a um acordo sobre a Faixa de Gaza antes da tomada de posse de Trump, em 20 de janeiro.
Na sexta-feira (10), o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ordenou que os militares apresentassem um plano para a destruição completa do Hamas na Faixa de Gaza se os reféns israelenses não fossem libertados até a posse de Trump. O próprio Trump já disse anteriormente que os responsáveis pela tomada de reféns no Oriente Médio pagarão um "preço infernal" se eles não forem libertados antes de ele assumir oficialmente o cargo.