https://noticiabrasil.net.br/20241211/coalizao-do-exterminio-apoio-dos-eua-a-israel-e-incondicional-e-bipartidario-diz-analista-37656175.html
'Coalizão do extermínio': apoio dos EUA a Israel é incondicional e bipartidário, diz analista
'Coalizão do extermínio': apoio dos EUA a Israel é incondicional e bipartidário, diz analista
Sputnik Brasil
A Casa Branca se prepara para receber o governo republicano do presidente Donald Trump enquanto se despede da administração democrata de Joe Biden. Em meio às... 11.12.2024, Sputnik Brasil
2024-12-11T15:03-0300
2024-12-11T15:03-0300
2024-12-11T15:03-0300
panorama internacional
américas
mundo
donald trump
joe biden
estados unidos
israel
casa branca
barack obama
faixa de gaza
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e7/0b/16/31617694_0:320:3072:2048_1920x0_80_0_0_1d9914ed02264b73a006759beffd68ed.jpg
Em entrevista ao Mundioka, podcast da Sputnik Brasil, especialistas comentaram a perspectiva para o governo Trump em relação ao apoio a Israel no conflito na Faixa de Gaza, que já dura mais de 400 dias desde a escalada em 7 de outubro de 2023.Para Marcos Feres, brasileiro-palestino e secretário de Comunicação da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), o apoio dos Estados Unidos a Israel é "incondicional, bipartidário e mais antigo do que a própria autoproclamação de Israel, como projeto colonial e genocida na Palestina em 1948".Segundo o analista, assim como os EUA foram "a primeira potência a reconhecer a autoproclamação de Israel em maio de 1948", durante a campanha para as últimas eleições presidenciais norte-americanas, o que se viu foi "uma disputa entre Kamala Harris e Trump para ver quem era mais sionista, quem apoiava mais o genocídio e quem mandaria mais armas", diz.De Biden para Trump, de democrata para republicano: o que muda?Embora sejam partidos de oposição, democratas e republicanos servem ao apoio irrestrito dos EUA a Israel, mudando um pouco a "roupagem", acredita Feres.Karina Calandrin, professora de relações internacionais do Ibmec São Paulo, afirma que ambos os partidos apoiam Israel, mas há "um apoio retórico maior dos republicanos e um apoio financeiro maior dos democratas".O governo do ex-presidente democrata Barack Obama, por exemplo, foi responsável por aprovar o maior aporte financeiro a Israel. Esse acordo, que já atravessou governos de ambas as legendas, prevê o envio de US$ 38 bilhões (R$ 231,3 bilhões) até 2028.O eminente apoio financeiro ao parceiro do Oriente Médio acontece desde 1970, ou seja, segundo a professora, isso mostra que essa ajuda aconteceria independentemente da guerra.Sobre o discurso republicano mais acintoso em relação aos democratas que, segundo os analistas, costumam adotar um tom mais crítico nas palavras, Feres acredita, tratando-se de Trump, ser uma marca para mostrar à sua base que apoia mais as ações israelenses do que a oposição.Já no que diz respeito às ações, às práticas, Feres recorda que "este é um genocídio até o momento democrata" e que, pela postura dura, acabou angariando apoio do ex-vice-presidente Dick Cheney, republicano e vice de George W. Bush. "Isso nos dá um pouco essa percepção de um imbricamento entre essas duas correntes, que são, na verdade, muito parecidas quando o assunto é a política externa e a política imperialista dos Estados Unidos".Ao fio e ao cabo, portanto, segundo o secretário de comunicação, trata-se de "uma grande coalizão do extermínio".
https://noticiabrasil.net.br/20241003/eua-usam-israel-como-proxy-para-conter-presenca-de-russia-e-china-no-oriente-medio-diz-analista--36771228.html
https://noticiabrasil.net.br/20241008/trump-promete-relacionamento-eua-israel-mais-forte-do-que-nunca-se-vencer-a-eleicao-36832635.html
estados unidos
israel
faixa de gaza
oriente médio
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2024
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e7/0b/16/31617694_199:0:2930:2048_1920x0_80_0_0_1f5487ac93d655432b78d51e2fb4880f.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
américas, mundo, donald trump, joe biden, estados unidos, israel, casa branca, barack obama, faixa de gaza, democratas, republicanos, genocídio, violência, ofensiva, exclusiva, oriente médio, oriente médio e áfrica, george w. bush, kamala harris, mundioka
américas, mundo, donald trump, joe biden, estados unidos, israel, casa branca, barack obama, faixa de gaza, democratas, republicanos, genocídio, violência, ofensiva, exclusiva, oriente médio, oriente médio e áfrica, george w. bush, kamala harris, mundioka
'Coalizão do extermínio': apoio dos EUA a Israel é incondicional e bipartidário, diz analista
Especiais
A Casa Branca se prepara para receber o governo republicano do presidente Donald Trump enquanto se despede da administração democrata de Joe Biden. Em meio às expectativas envoltas na transição, o futuro, no que diz respeito às relações com Israel, deve ser previsível, haja vista a parceria histórica entre os países.
Em entrevista ao Mundioka, podcast da Sputnik Brasil, especialistas comentaram a perspectiva para o governo Trump em relação ao apoio a Israel no conflito na Faixa de Gaza, que já dura mais de 400 dias desde a escalada em 7 de outubro de 2023.
Para Marcos Feres, brasileiro-palestino e secretário de Comunicação da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), o apoio dos Estados Unidos a Israel é "incondicional, bipartidário e mais antigo do que a própria autoproclamação de Israel, como projeto colonial e genocida na Palestina em 1948".
Segundo o analista, assim como os EUA foram "a primeira potência a reconhecer a autoproclamação de Israel em maio de 1948", durante a campanha para as últimas eleições presidenciais norte-americanas, o que se viu foi "uma
disputa entre Kamala Harris e Trump para ver quem era mais sionista, quem apoiava mais o genocídio e
quem mandaria mais armas", diz.
De Biden para Trump, de democrata para republicano: o que muda?
Embora sejam partidos de oposição, democratas e republicanos servem ao apoio irrestrito dos EUA a Israel, mudando um pouco a "roupagem", acredita Feres.
Karina Calandrin, professora de relações internacionais do Ibmec São Paulo, afirma que ambos os partidos apoiam Israel, mas há "um apoio retórico maior dos republicanos e um apoio financeiro maior dos democratas".
O governo do ex-presidente democrata Barack Obama, por exemplo, foi responsável por aprovar o maior aporte financeiro a Israel. Esse acordo, que já atravessou governos de ambas as legendas, prevê o envio de US$ 38 bilhões (R$ 231,3 bilhões) até 2028.
"O presidente Obama era muito crítico às ações de Israel, mas foi no seu governo que foi aprovado o número maior de ajuda financeira da história dos Estados Unidos para uma nação estrangeira", explica.
O
eminente apoio financeiro ao parceiro do Oriente Médio acontece desde 1970, ou seja, segundo a professora, isso mostra que essa ajuda aconteceria independentemente da guerra.
Sobre o discurso republicano mais acintoso em relação aos democratas que, segundo os analistas, costumam adotar um tom mais crítico nas palavras, Feres acredita, tratando-se de Trump, ser uma marca para mostrar à sua base que
apoia mais as ações israelenses do que a oposição.
"O Trump, quando dá esse tipo de discurso, eu entendo que ele radicaliza muito mais para a própria base para se mostrar, como eu falei um pouco antes, quem é mais genocida. Ele quer criar uma ideia de que os democratas não apoiam o suficiente o genocídio, que não estão ajudando o suficiente, o que é uma mentira", afirma.
Já no que diz respeito às ações, às práticas, Feres recorda que "este é um genocídio até o momento democrata" e que, pela postura dura, acabou angariando apoio do ex-vice-presidente Dick Cheney, republicano e vice de George W. Bush. "Isso nos dá um pouco essa percepção de um imbricamento entre essas duas correntes, que são, na verdade, muito parecidas quando o assunto é a política externa e a política imperialista dos Estados Unidos".
"Os democratas, no contexto do genocídio que acontece em Gaza, fizeram talvez um grande favor a figuras como Dick Cheney, a figuras que representam esse establishment republicano mais intervencionista, mais violento, que é naturalizar para o mundo e para a própria base democrata — que teoricamente seria mais antiguerra — um padrão genocidário que agora será aplicado em outras guerras genocidas que os Estados Unidos vão conduzir ou financiar", acrescenta.
Ao fio e ao cabo, portanto, segundo o secretário de comunicação, trata-se de "uma grande coalizão do extermínio".
"Ambos se complementam no fazer crescer uma forma mais violenta e mais genocida a cada processo de extermínio que conduzem pelo mundo", finaliza Feres.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!
Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.
Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).