Panorama internacional

União Europeia tornou-se refém do gás natural liquefeito dos EUA e de Trump, aponta professor

A UE tornou-se refém do gás natural liquefeito (GNL) americano e de Trump, os europeus vão sentir ainda mais as consequências da ejeção do gás russo com a introdução de novas sanções contra o setor energético russo pela administração de Joe Biden e após a chegada ao poder de Donald Trump, que exige que a UE compre mais gás e petróleo americanos.
Sputnik
O professor de instituições da União Europeia (UE) na Universidade de Creta e ex-membro do Parlamento Europeu Notis Marias comentou à Sputnik as novas sanções e a situação no mercado energético europeu. A administração do presidente dos EUA, Joe Biden, impôs na sexta-feira (10) sanções contra mais de 200 empresas e indivíduos associados ao setor energético russo, bem como contra mais de 180 embarcações.
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"A decisão de Zelensky de proibir a partir de 1º de janeiro de 2025 o trânsito de gás russo através da Ucrânia para alguns países da UE é estimado que custe à economia europeia 70-100 bilhões [R$ 436–623 bilhões], uma vez que os preços do gás na Europa já aumentaram 14%. Ao mesmo tempo, esta decisão de Zelensky sinalizou da forma mais clara possível que a UE é totalmente dependente do GNL dos EUA. Em novembro de 2024, as importações de GNL dos EUA para a Europa foram 68% do volume total, enquanto em outubro de 2024 – apenas 48%, o que levou a 'um aumento acentuado nas importações dos EUA de GNL a preços altos'", disse o professor.

Marias observou que, pelo contrário, o gás russo era significativamente mais barato devido à proximidade da UE com a Rússia e, ao mesmo tempo, os gasodutos necessários para transportar o gás russo para o mercado europeu já estavam construídos.
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