"O público israelense é profundamente sensível à situação dos reféns e, portanto, expressa o seu apoio a um acordo, mesmo ao custo de pôr fim à guerra e libertar centenas de terroristas", explicou a presidente do instituto, a professora Yedidia Stern, ao falar sobre os resultados publicados neste domingo (12).
Cerca de 64% da população está disposta a libertar terroristas "com sangue nas mãos" como parte de um acordo de reféns, e 55% dos israelitas pensam que as exigências do Hamas podem ser aceitas "porque Israel pode retomar os combates depois".
Embora a maioria do público apoie um acordo com o Hamas, cerca de 59% opõem-se a um "acordo de libertação parcial", acrescentou a pesquisa.
A sondagem também indicou que 73% da população se opõe a permitir que o Hamas permaneça no poder.
Além disso, os resultados preliminares do levantamento indicaram que "uma pequena parte se opõe à retirada completa das Forças de Defesa de Israel (FDI) de Gaza", enquanto "uma outra parte apoia a renúncia ao controle sobre a Rota da Filadélfia como parte de um acordo".
Essas opiniões estão divididas em linhas políticas: os entrevistados da direita e de centro-direita opõem-se à retirada , enquanto os da esquerda e de centro-esquerda a apoiam.
"No entanto, apesar desse apoio (à troca de prisioneiros por reféns), há uma oposição generalizada entre os judeus a permitir que o Hamas permaneça no poder ou a aceitar um acordo que liberte apenas alguns reféns", explicou Stern.
Em 7 de outubro de 2023, um ataque coordenado pelo Hamas a mais de 20 comunidades israelenses resultou em mais de 1,1 mil mortes, cerca de 5,5 mil feridos e na captura de 253 reféns, dos quais cerca de 100 foram posteriormente libertados em trocas de prisioneiros.
Em retaliação, Israel lançou uma declaração de guerra contra o Hamas e lançou uma série de bombardeios contra Gaza. No enclave, mais de 46,5 mil morreram e pelo menos 109.660 ficaram feridos.
A Rússia e outros países instam Israel e o Hamas a concordarem com um cessar-fogo e defendem uma solução de dois Estados, aprovada pela Organização das Nações Unidas em 1947, como a única forma possível de alcançar uma paz duradoura na região.