Conversas sobre a trégua emergiram na segunda-feira (13) na mídia local. Na ocasião, a liderança israelense e os líderes do Hamas sediados no Catar haviam concordado nos termos, restando apenas a liderança palestina na Faixa de Gaza consentir com as diretrizes.
Nesta quarta-feira (15), o futuro presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que o acordo de cessar-fogo havia sido finalizado e aceito por todas as partes. A notícia foi sequencialmente confirmada pela equipe do atual ocupante da Casa Branca, Joe Biden, pela liderança israelense e pelo primeiro-ministro catariano, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani.
Em uma coletiva de imprensa, Al-Thani confirmou que a implementação da trégua começará no domingo (19). Segundo o primeiro-ministro catariano, os detalhes finais serão discutidos hoje pela noite.
Dentro de Israel o acordo foi saudado pelo líder da oposição, Yair Lapid, e pelo ex-ministro da Defesa Benny Gantz. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, no entanto, se absteve de dar declarações públicas até que todos os detalhes estejam certos.
O que diz o acordo?
Documentos a que a Sputnik teve acesso detalham os termos do que já foi estabelecido. Ao todo, serão três fases de cessar-fogo. Apenas a primeira está com os detalhes pactuados.
1.
A implementação da trégua começará em 19 de janeiro e durará 42 dias;2.
Nove reféns doentes e feridos serão libertados em troca de 110 prisioneiros palestinos sentenciados à prisão perpétua em Israel;3.
Trinta e três reféns israelenses serão libertados em troca de outros mil prisioneiros palestinos nativos da Faixa de Gaza, estando excluídos aqueles envolvidos nos eventos de 7 de outubro de 2023;4.
Israel reduzirá gradualmente sua presença no Corredor Filadélfia, localizado na fronteira com o Egito;5.
Israel retirará suas forças dos centros populacionais e as direcionará para as áreas de fronteira;6.
Haverá um aumento na entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e a reconstrução de hospitais e outros centros de saúde.