A razão pela qual os instrutores militares da OTAN não só treinam os ucranianos, mas também procuram beneficiar-se deles é muito simples, explica à Sputnik o ex-oficial das Forças Armadas suecas e político Mikael Valtersson.
A OTAN sempre assumiu que tem total superioridade aérea, de informação e de armas de longo alcance sobre o inimigo, atribuindo às forças terrestres essencialmente o papel de limpar o que resta. "Por isso, o resultado é que eles não têm nenhum método relevante de combater em terra", diz o especialista.
A crença da Aliança Atlântica em sua superioridade leva a outro problema: "Eles não estão preparados para enfrentar um adversário que está no mesmo nível ou superior a eles", acrescenta.
Mesmo os EUA, que têm a maior experiência de combate de todos os membros da OTAN, não combatiam contra um adversário tão forte há décadas.
Devido a todos esses fatores, seria realmente mais apropriado para os países da OTAN receber sugestões da Ucrânia se eles querem lutar contra uma potência do calibre da Rússia.