O mandado de prisão foi emitido pelo quinto juiz de instrução penal de anticorrupção e violência contra as mulheres, Nelson Rocabado, na cidade de Tarija, no contexto do suposto estupro de uma menor de idade por Morales quando ainda era presidente.
"Declara-se a revelia o imputado Juan Evo Morales Ayma, e, da mesma forma, ordena-se seu arraigo e a anotação de seus bens […]", ordenou Rocabado em audiência cautelar.
"Determina-se a expedição do mandado de apreensão contra o imputado, que deverá ser encaminhado ao Ministério Público para seu cumprimento", instruiu o juiz.
O magistrado considerou que os problemas de saúde que o ex-mandatário alega enfrentar não são impedimento para que se apresente à Justiça.
Em dezembro passado, o Ministério Público formalizou uma acusação contra Morales pelo crime de tráfico e exploração de pessoas, por suposta relação com uma menor de idade em 2016 que deu à luz um bebê registrado em nome de Morales.
Segundo a promotoria, Morales fez acordo com os pais da adolescente para se relacionar com ela, o que é configurado pela Justiça boliviana como tráfico humano de menor de idade.