Anteriormente, o jornal norte-americano The Hill noticiou que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, poderia apresentar uma proposta para a retomada da cooperação ativa na indústria espacial e participação no programa conjunto a fim de encerrar o conflito na Ucrânia de maneira rápida.
"Devemos esperar um crescimento de 15 a 20% na demanda por titânio na astronáutica global – até 15.000 toneladas por ano no horizonte dos próximos anos, que será impulsionado por novos programas de voo", previu Khazanov à Sputnik.
Segundo ele, a reação do mercado de ações mostra a importância crítica do setor de titânio russo e de seu carro-chefe, a VSMPO-AVISMA, o maior produtor de titânio do mundo, para o setor espacial global.
"Até o momento, não há alternativa ao titânio como material para vários elementos estruturais de equipamentos espaciais", afirmou o especialista.
Como exemplo típico de quando não foi encontrado um substituto adequado para os componentes feitos de titânio russo, Khazanov citou um escândalo de alto nível no setor de aviação que ocorreu no ano passado.
Naquela época, peças feitas de ligas de titânio com certificação falsa e um país de origem pouco claro foram encontradas em aeronaves da Boeing e da Airbus.
De acordo com Khazanov, o incidente ocorreu depois que a Boeing e a Airbus anunciaram sua recusa em cooperar com a VSMPO-AVISMA.
Em setembro de 2023, o Departamento de Comércio dos EUA incluiu a VSMPO-AVISMA na lista negra de sanções.
Em fevereiro do ano passado, o Canadá também impôs sanções contra a empresa russa.
No entanto, já em abril, as autoridades canadenses permitiram que a Airbus realizasse temporariamente operações com a corporação.