Segundo dados compilados pela Administração Geral de Alfândegas da China, as importações de petróleo bruto vindos de seu principal fornecedor, a Rússia, equivaleram a 2,17 milhões de barris por dia (bpd), atingindo uma marca 1% superior em comparação com 2023, ou 108,5 milhões de toneladas métricas.
De acordo com a apuração da Reuters, grande parte deste resultado está apoiado pela demanda de refinadores independentes e grandes petrolíferas estatais, como uma medida de Pequim para ampliar suas reservas.
Esse foi o caso do petróleo importado do Irã pelo país. Quase todas as compras de petróleo iraniano pela China acabam nas refinarias independentes em função das pressões de mercado e da baixa demanda por combustível e produtos químicos. Para se ter ideia, nenhuma importação de petróleo do Irã foi registrada em todo o ano de 2024 pelo governo chinês.
Ainda de acordo com os dados alfandegários, a China reduziu as remessas da Arábia Saudita, o maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), para cerca de 1,57 milhão de bpd enquanto os embarques vindos da Malásia, um dos principais centros de transbordo para petróleo sancionado do Irã e da Venezuela, aumentaram 28%, e do Brasil em 17%.