De acordo com uma missão arqueológica francesa liderada pelo dr. Joachim Le Bomin, em colaboração com a Universidade de Lyon e o Instituto Francês de Arqueologia Oriental (IFAO), a descoberta da cabeça de mármore nas ruínas de uma casa do século VII d.C. levanta questões sobre sua jornada através dos séculos até o local tão incomum.
Medindo 38 centímetros de altura, a enorme cabeça de mármore retrata um homem idoso com detalhes realistas característicos da arte helenística tardia. Ela apresenta rugas faciais profundas, uma expressão severa e sinais de enfermidade física, sugerindo que o indivíduo era de idade avançada e tinha um status social significativo.
Cabeça de estátua do período ptolomaico encontrada entre as ruínas de uma casa medieval
© Foto / Página oficial de mídia social do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito
Apesar de os especialistas acreditarem não se tratar de nenhum monarca, segundo o secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, dr. Mohamed Ismail Khaled, o tamanho impressionante da estátua indica que ela era parte de uma instalação monumental ou de caráter político, ou social.
Agora, os pesquisadores investigam como um artefato — que remonta a mais de 700 anos antes da construção da casa — foi parar ali, sua identidade e significado, tudo isso enquanto passa por conservação e restauração para garantir sua preservação.
Para o chefe do setor de Antiguidades Egípcias, Mohamed Abdel-Badie, a qualidade artística da estátua, sua precisão e o realismo da escultura ressaltam os traços da arte helenística e a importância de Taposiris Magna durante o reinado de Ptolomeu IV (221–204 a.C.) como um centro cultural e político.