De acordo com Blazej Bojarski da Universidade de Gdansk, dois fragmentos de troncos de árvores com mais de 1,5 metro de comprimento são "testemunhas mudas de eventos" que ocorreram há pelo menos 38 milhões de anos.
Naquele tempo, as magnólias cresciam ao lado dos pinheiros na Polônia e as praias de clima temperado podiam ter estado cobertas por manguezais.
"É a primeira vez que encontramos fragmentos tão grandes de madeira fossilizada que podem contar sua história", dizem cientistas.
Segundo eles, esses fragmentos podem revelar em que ambiente florestal a árvore vivia, onde e como morreu e como foi parar nas mesmas camadas de solo que a resina fóssil do leste da Polônia.
De acordo com Bojarski, estudar esses fósseis é uma espécie de "corrida contra o tempo", já que as toras trazidas não são mais madeira tal como a pensamos, mas uma forma de carbonização de restos de plantas, uma etapa do processo de fossilização de plantas que acabam se transformando em carvão.
Os cientistas também esperam que essas descobertas ajudem a compreender o processo e as causas da atual mudança climática.