"Os Estados Unidos compartilharam informações secretas sobre ameaças do Daesh com o novo governo da Síria, que é dirigido por líderes de um grupo militante há muito considerado por Washington como uma organização terrorista", relata o The Washington Post, citando funcionários anônimos familiarizados com essas trocas de informação.
Além disso, as fontes da imprensa destacam que, em pelo menos um caso, a inteligência dos EUA ajudou a evitar um ataque do Daesh a um santuário religioso perto de Damasco no início de janeiro.
Nota-se que os funcionários norte-americanos acrescentam que a decisão de compartilhar inteligência entre os EUA e a nova administração síria foi motivada por um "interesse mútuo" em evitar o possível retorno do Daesh ao poder e "não reflete uma aceitação total do Hayat Tahrir al-Sham, o grupo que atualmente está governando a Síria".
De acordo com as fontes do jornal, a troca de informações começou cerca de duas semanas depois que o grupo chegou ao poder e ocorreu em reuniões diretas entre funcionários da inteligência dos EUA e representantes do Tahrir al-Sham.
Anteriormente, o jornal Al-Watan informou que uma delegação de diplomatas dos EUA discutiu com representantes das autoridades sírias em Damasco o levantamento das sanções e a remoção do Tahrir al-Sham da lista de organizações terroristas.