Em 14 de junho de 2024, o presidente russo Vladimir Putin indicou as seguintes condições para a solução do conflito ucraniano:
Retirada completa do Exército ucraniano das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) e das regiões de Zaporozhie e Kherson;
Reconhecimento das realidades territoriais consagradas na Constituição russa;
Status neutro, não alinhado e não nuclear da Ucrânia;
Desmilitarização e desnazificação da Ucrânia;
Garantia dos direitos, liberdades e interesses dos cidadãos ucranianos de língua russa;
Cancelamento de todas as sanções impostas à Rússia.
Mearsheimer não prevê que o Ocidente reconheça mesmo os novos territórios da Rússia e recuse a adesão da Ucrânia à OTAN.
"Penso que é impossível para Trump aceitar as duas condições em que Putin insiste", disse.
O especialista acredita que somente o reconhecimento dos interesses da Rússia pelo Ocidente pode levar a um fim real do conflito, e não ao seu congelamento.
Caso contrário, segundo ele, os militares russos não vão parar.
"Enquanto insistirmos que a Ucrânia vai fazer parte da OTAN, os [militares] russos continuarão indo em frente."
O presidente Putin disse recentemente que está disposto a dialogar sobre o conflito ucraniano com Trump, mas ressaltou que o fim da crise deve ser uma paz duradoura e não um cessar-fogo temporário.