"Estamos enviando uma carta ao Google. Suponho que o Google Maps conhece essa divisão internacional, sabe também qual organismo é responsável por nomear os mares internacionais e que, em todo caso, isso corresponderia à plataforma continental […] É muito importante que tudo seja colocado em seu devido contexto", declarou a presidente.
Sheinbaum destacou que um país não tem as atribuições para modificar o nome de um mar internacional, pois essa é uma faculdade que corresponde a organizações internacionais. Após assumir o cargo em 20 de janeiro, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva para restabelecer "os nomes que honram a grandeza dos Estados Unidos".
Um dos pontos do decreto estabelece o prazo de 30 dias para "dar o nome de 'golfo [dos Estados Unidos] da América' à zona da plataforma continental estadunidense delimitada a nordeste, norte e noroeste pelos estados do Texas, Louisiana, Mississippi, Alabama e Flórida".
Posição do Google Maps
O Google Maps informou que substituirá o nome para "golfo da América" nos Estados Unidos, assim que a mudança ordenada pelo presidente Donald Trump for refletida na base de dados do sistema de informação de nomes geográficos (GNIS, na sigla em inglês).
"Temos uma prática de longa data de aplicar mudanças de nome após serem atualizadas nas fontes oficiais do governo. No caso das características geográficas dos EUA, isso ocorre quando o sistema de informação de nomes geográficos é atualizado", esclareceu a plataforma.
A plataforma detalhou que outra prática tradicional é mostrar também o nome alternativo, quando as denominações oficiais variam entre países. "Os usuários do Maps veem o nome local oficial. Todos no resto do mundo veem ambos os nomes. Isso também se aplica aqui", explicou.