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Lula diz que se Trump taxar produtos brasileiros haverá reciprocidade: 'Quero que respeite o Brasil'

Após Trump ameaçar vários países com a imposição de tarifas maiores de importação, o presidente Lula afirmou que o Brasil responderia com "reciprocidade" à medida. Apesar disso, Lula afirmou que quer melhorar a relação com os Estados Unidos.
Sputnik
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quinta-feira (30) que o Brasil também vai taxar produtos norte-americanos caso o homólogo Donald Trump imponha a medida contra o país. "Se ele [Trump] taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade do Brasil em taxar os produtos que são importados dos Estados Unidos. Simples, não tem nenhuma dificuldade", afirmou.
Apesar do alerta, o presidente destacou que deseja um bom governo ao norte-americano, que tomou posse neste mês, e que respeita a nova gestão. "Ele [Trump] só tem que respeitar a soberania dos outros países. Ele foi eleito para governar os Estados Unidos da América do Norte e os outros presidentes foram eleitos para governar os seus países. É isso, civilidade […]. Quero que o Trump respeite o Brasil", enfatizou.
As declarações do presidente Lula ocorreram durante uma entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto. O petista também falou sobre as pesquisas eleitorais desfavoráveis ao atual governo: "Eu dizia ao [ex-ministro Paulo] Pimenta: 'Não se preocupe com pesquisa'. Porque o povo tem razão, a gente não está entregando aquilo que a gente prometeu. Então como o povo vai falar bem do governo se a gente não está entregando? É preciso ter muita paciência."
Apesar disso, Lula afirmou que ainda é muito cedo para avaliar os dois anos de gestão e prometeu que 2025 será um ano de "colheita".

"Tenho consciência do que nós estamos fazendo, mas muita consciência. Por isso é que eu não gosto de fazer bravata. Eu tenho consciência e cada coisa que eu falar para vocês, quero que anotem, porque cada coisa que eu falar nós vamos entregar", acrescentou.

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Aumento da taxa de juros pelo Banco Central

O petista também comentou durante a entrevista a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar mais uma vez a taxa básica de juros, dessa vez para 13,25% ao ano. Mesmo com a medida, Lula garantiu ter "100% de confiança" no trabalho do atual presidente, Gabriel Galípolo.
"Tenho certeza de que ele vai criar condições para entregar ao povo brasileiro uma taxa de juros menor", afirmou.
Lula também saiu em defesa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticado publicamente pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab. Na ocasião, o ex-prefeito de São Paulo chamou Haddad de "fraco" e mencionou que ele "não consegue se impor no governo".
Para Lula, as declarações são injustas e o ministro é "extraordinário". Ele citou como exemplo a atuação de Haddad em meio à PEC da Transição, Reforma Tributária e o novo arcabouço fiscal do governo.
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