Panorama internacional

Especialista chinês: tarifas de Trump têm objetivo de minar posição da China como 'fábrica do mundo'

O objetivo de Donald Trump ao impor tarifas é chantagear para barganhar condições melhores para si e trazer de volta as indústrias para os Estados Unidos, a fim de abalar a posição da China como "fábrica do mundo", disse à Sputnik o diretor do Instituto de Assuntos Internacionais da Universidade Renmin da China, Wang Yiwei.
Sputnik
Anteriormente, Trump assinou uma ordem executiva impondo tarifas ao Canadá, México e China.
Trump estabeleceu tarifas de importação de 25% sobre os produtos do México e do Canadá e de 10% sobre os produtos da China.
Em resposta, o Ministério do Comércio chinês disse que a China vai entrar com uma ação na Organização Mundial do Comércio (OMC) e tomar as contramedidas apropriadas.
O Ministério das Relações Exteriores da China, por sua vez, declarou que "não há vencedores na guerra comercial e tarifária".
"A estratégia de Trump, o estilo de Trump, é usar a chantagem para forçar seus parceiros comerciais a cederem, por isso ele ameaçou com tarifas de 60%. No entanto, a economia dos EUA não seria capaz de resistir a esse golpe, pois 90% dos custos das tarifas recairiam sobre os consumidores americanos", disse Yiwei.
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De acordo com o especialista, na realidade, com os impostos de 10%, que Trump atribui ao fato de os países não combaterem o tráfico de drogas, ele está cumprindo suas promessas de campanha de "apoiar o papel principal dos americanos comuns e os valores tradicionais".

"Inicialmente, as tarifas tinham como objetivo equilibrar o déficit comercial, mas agora visam trazer de volta as cadeias de produção, para abalar a posição da China como 'fábrica do mundo', conduzindo os chamados jogos estratégicos entre os Estados Unidos e a China", explicou.

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O especialista acredita que, do ponto de vista legal e moral, a China se baseará nos princípios do comércio multilateral dentro da OMC.
Porém, do ponto de vista prático, o gigante asiático vai tomar contramedidas para enfrentar as exigências estadunidenses, o que vai fazer com que as restrições de Trump afetem as próprias empresas e cidadãos norte-americanos, acredita.
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