O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou que seu país vai impor tarifas de 25% sobre produtos importados dos EUA.
A medida é uma retaliação à decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, anunciada no sábado (1º), de impor tarifas de 25% a produtos canadenses, com exceção da energia, que foi taxada em 10%. Trump também impôs tarifas de 25% e 10% a produtos do México e da China, respectivamente.
"O Canadá vai impor tarifas de 25% sobre um total de 155 bilhões de dólares canadenses [cerca de R$ 622,5 bilhões] em produtos dos EUA", disse Trudeau em coletiva.
Ele alertou para uma ruptura nos laços entre Ottawa e Washington, afirmando que "as ações tomadas pela Casa Branca separam em vez de unir", e encorajou a população canadense a priorizar produtos e serviços nacionais no lugar dos americanos.
Trump, por sua vez, tornou a defender a anexação do Canadá. Em postagem na plataforma Truth Social neste domingo (2) após o anúncio de Trudeau, ele afirmou que os EUA pagaram bilhões para subsidiar o Canadá, por isso o país deveria ser transformado no 51º estado dos EUA.
"Não precisamos de nada que eles [canadenses] têm. Temos energia ilimitada, deveríamos fabricar nossos próprios carros e temos mais madeira do que podemos usar. Sem esse subsídio massivo, o Canadá deixa de existir como um país viável. Duro, mas verdade!", disse ele.
O México também reagiu ao anúncio de Trump. Em comunicado divulgado nas redes sociais, a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, afirmou que seu governo está traçando medidas a serem tomadas em resposta às tarifas impostas pelo republicano.
"Eu instruo o ministro da Economia para que implemente o Plano B sobre o qual temos trabalhado, que inclui medidas tarifárias e não-tarifárias em defesa dos interesses do México", escreveu Sheinbaum, em comunicado na rede social X.