O instituto faz parte da corporação espacial russa Roscosmos e possui o lugar de onde todas as missões e sondas espaciais russas são controladas – o Centro de Controle de Missão.
No quadro de uma das missões, chamada "UF atmosfera" (Atmosfera de Ultravioleta), cientistas realizaram um mapeamento da luminescência da atmosfera noturna da Terra na faixa do ultravioleta próximo.
Shubralova disse que, no decorrer desse experimento, os cientistas registraram mais de 30 "relâmpagos ao contrário", também conhecidos como "elfos", da sigla em inglês ELVES (Emissões de Luz e Perturbações de Frequência Muito Baixa devido a Fontes de Pulsos Eletromagnéticos).
Os "elfos" são discos avermelhados luminosos em rápida expansão que aparecem a uma altitude de várias dezenas de quilômetros e atingem centenas de quilômetros de diâmetro.
Entre os fenômenos semelhantes aos "elfos" estão os conhecidos "sprites" – descargas elétricas direcionadas das nuvens de tempestade não para baixo, para a Terra, mas para cima, para o espaço.
Segundo a especialista, os cientistas revelaram que, em todos os casos, os "elfos" estavam sobre áreas da superfície da Terra com geração anômala de calor.
Os fenômenos também podem ser associados à presença de vulcões e arcos vulcânicos, campos hidrotermais, fissuras hidrotermais no fundo dos oceanos e zonas de divergência de placas litosféricas.
"A detecção desses fenômenos por espaçonaves pode ser um método para detectar zonas anômalas da Terra ou alertar sobre a nucleação de tufões em zonas já conhecidas", disse Shubralova.
Ela citou como exemplo a atividade de tempestades na zona do Círculo de Fogo do Pacífico que acompanham o período de desenvolvimento de tufões e erupções vulcânicas.