Ontem (4) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto para retirar os EUA da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês) e do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
"Israel acolhe com satisfação a decisão do presidente Trump de não participar do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Israel se junta aos EUA e não participará do Conselho de Direitos Humanos da ONU", escreveu Sa'ar em sua conta na rede social X (antigo Twitter).
Segundo o ministro, o conselho "se concentrou em atacar um país democrático e propagar o antissemitismo em vez de promover os direitos humanos".
"Israel foi alvo de mais de 100 resoluções condenatórias, o que representa mais de 20% de todas as resoluções aprovadas na história do conselho, mais do que contra Irã, Cuba, Coreia do Norte e Venezuela", acrescentou, destacando também que o Estado judeu "não tolerará mais essa discriminação".
Além do fator americano, esse fato ocorre em meio a tentativas de vários países de responsabilizar Tel Aviv pela morte em massa de civis na Faixa de Gaza, acusando as autoridades israelenses, em particular o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de genocídio.
Em janeiro, por meio da mediação de Catar, Egito e Estados Unidos, o movimento palestino Hamas e o governo israelense concordaram com um cessar-fogo de 42 dias e declararam a intenção de encerrar definitivamente as hostilidades.
Ao longo de 15 meses, os embates causaram a morte de mais de 47 mil palestinos e cerca de 1,2 mil israelenses, além de se espalharem para Líbano e Iêmen, e provocarem até ataques trocados de mísseis entre Israel e Irã.
A primeira fase do acordo prevê uma troca parcial de prisioneiros, a retirada das tropas israelenses para as fronteiras de Gaza e a entrada de ajuda humanitária. As demais etapas seguem em negociação.