Trata-se de um dos pergaminhos de Herculano descobertos no século XVIII perto da cidade de Pompeia.
Os pergaminhos estão cobertos por uma espessa camada de cinzas, o que os torna particularmente difíceis de estudar e quase impossível de desenrolar.
Desde o descobrimento dos pergaminhos, foram efetuadas numerosas tentativas de várias maneiras, "de água de rosas e mercúrio a gás vegetal e suco de papiro", para ler o que está escrito dentro.
"Estamos confiantes de que seremos capazes de ler praticamente todo o pergaminho em sua totalidade, e é a primeira vez que podemos dizer isso com muita confiança. Agora podemos trabalhar para que ele apareça com mais clareza. Vamos passar de um punhado de palavras para passagens realmente substanciais", disse o líder do projeto, Stephen Parsons.
Para a pesquisa, os cientistas usaram um síncrotron, cuja potência de radiação permitiu que eles escaneassem o pergaminho inteiro sem danificá-lo.
O experimento fez parte do projeto Desafio do Vesúvio: os participantes propuseram maneiras de detectar e decifrar os pergaminhos de Herculano.
Em 2024, três estudantes ganharam US$ 700.000 (R$ 4,06 milhões) por sua ideia de usar inteligência artificial para reconhecer o texto sob uma camada de cinzas.
Eles conseguiram decifrar 5% do pergaminho, que acabou sendo um tratado dos antigos filósofos gregos epicureus.