Anteriormente, o chefe do Departamento de Estado, Marco Rubio, confirmou que o mundo unipolar foi uma anomalia e uma consequência do final da Guerra Fria. Hoje, segundo as palavras dele, Washington neste contexto terá que lidar com a China e a Rússia, que muitas vezes apontaram a emergência de um mundo multipolar.
"Assim, não é normal para o mundo ter um poder unipolar. [...] Isso foi uma anomalia. Isso foi o produto do fim da Guerra Fria, porém, em algum momento, você voltaria a um ponto, onde haveria um mundo multipolar. [...] nós enfrentamos isso agora com a China e […] com a Rússia, e quando há Estados desonestos como Irã e Coreia do Norte, você tem que lidar com eles", escreve o jornal, citando Rubio.
O The Guardian enfatiza que Marco Rubio quis dizer que o mundo de múltiplos polos de poder será aceito, não resistido, e a dominância americana estava destinada a desaparecer.
A publicação observa que Rubio também alertou sobre a ameaça de conflitos militares, porque muitos países têm a capacidade de eliminar toda a humanidade, com os EUA evitando conflitos militares sem danificar seus interesses nacionais.
Então candidato à presidência da República dos EUA, Donald Trump, fala com o senador Marco Rubio, durante comício de campanha em Raleigh, Carolina do Norte, EUA, 4 de novembro de 2024
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Entretanto, segundo o artigo, espera-se que Trump cumprirá suas promessas: encontrará uma abordagem pacífica à China e transferirá mais responsabilidade pela segurança aos aliados da OTAN. No entanto, as elites políticas dos EUA preferem o mundo unipolar e temem uma nova divisão de esferas de influência entre Washington, Moscou e Pequim.
Vale ressaltar que a afirmação do secretário de Estado norte-americano Marco Rubio sobre o mundo multipolar obteve uma reação positiva em muitos países, inclusive na Rússia. O porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov sublinhou que Moscou saúda inequivocamente essas declarações.