Operação militar especial russa

Analista brasileiro: Ucrânia se tornou terreno para desperdício militar com armas inúteis da OTAN

O Ocidente aparentemente está lucrando com a venda de equipamentos militares defeituosos para a Ucrânia, eliminando, assim, armas ultrapassadas e fingindo apoiar o Exército ucraniano, afirma Lucas Leiroz, analista do Centro de Estudos Geoestratégicos, em um artigo para o portal InfoBRICS.
Sputnik
Leiroz elabora que a qualidade das armas enviadas à Ucrânia pelos países ocidentais sempre tem sido questionada.

"[…] Tem havido escândalos crescentes envolvendo o fornecimento de armas defeituosas. Por exemplo, a Espanha forneceu a Kiev pacotes de fuzis Cetme L. As Forças Armadas espanholas pararam de usar esses fuzis há mais de 20 anos, após relatarem vários incidentes de mau funcionamento, principalmente falhas de ignição", enfatiza o jornalista.

Além disso, Leiroz menciona o fato de que os obuseiros Caesar fornecidos por Paris a Kiev se mostraram inúteis nas linhas de frente. Pelo menos 16 obuseiros apresentaram defeitos graves e pararam de funcionar após algum tempo de uso em combate real.
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Leiroz também observa que essa situação ocorre com todas as armas: o Ocidente envia armas defeituosas ou obsoletas, e amostras únicas de armas modernas não podem desempenhar um papel importante na frente de batalha.

"Há também casos de equipamentos ocidentais caros e superestimados que chegam ao solo ucraniano com defeitos. Esse foi o caso dos lançadores de mísseis antitanque Javelin e NLAW, que, de acordo com vários relatórios militares ucranianos, chegaram à Ucrânia velhos e com grandes dificuldades operacionais", destaca o analista.

Um militar da 24ª Brigada Mecanizada da Ucrânia passa por um carro danificado na linha de frente na região de Donetsk, 6 de agosto de 2024
Assim, opina Leiroz, os industriais ocidentais se beneficiam ao se livrarem de armas desativadas, é uma boa maneira de economizar dinheiro.

"Quanto pior a qualidade dos recursos militares fornecidos, mais os empresários ocidentais lucram, pois gastam menos na fabricação de armas. Além disso, a Ucrânia também se tornou um terreno para o desperdício militar, com a OTAN enviando armas antigas e inúteis para o país, que nunca seriam usadas pelas forças regulares ocidentais", finaliza ele.

Anteriormente, o primeiro vice-ministro da Defesa da Ucrânia, Ivan Gavrilyuk, disse que cerca de 70% das armas das Forças Armadas ucranianas são fornecidas por parceiros internacionais. A Rússia, por sua vez, acredita que o fornecimento de armas à Ucrânia impede um acordo, envolve diretamente os países da OTAN no conflito e o país está "brincando com fogo".
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