"O atraso de Israel e sua falta de comprometimento com a implementação da primeira fase colocam este acordo em risco, podendo levar à sua suspensão ou rompimento", declarou Naïm à mídia francesa.
O movimento acrescentou que o Hamas não deseja um retorno à guerra. Desde 19 de janeiro, o cessar-fogo está em vigor como parte de um acordo para a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos. Em 15 meses de conflito, mais de 46 mil palestinos e cerca de 1,5 mil israelenses morreram. A escalada se estendeu ao Líbano e ao Iêmen, além de provocar ataques mútuos entre Israel e Irã.
Na primeira fase, 33 reféns israelenses e cerca de mil prisioneiros palestinos devem ser libertados em 42 dias. Desde o início da trégua, a ajuda humanitária aumentou para 600 caminhões diários, incluindo 50 com combustível. Israel também permitiu o retorno de palestinos do sul ao norte de Gaza.
O Catar, o Egito e os Estados Unidos garantem o acordo e coordenam as negociações no Cairo. No 16º dia do cessar-fogo, Israel e Hamas concordaram em iniciar tratativas para a segunda fase, que prevê a libertação dos reféns restantes, um cessar-fogo permanente e a retirada total das tropas israelenses. A terceira fase incluiria a troca de restos mortais, a reconstrução de Gaza e o fim do bloqueio.
Este é o segundo cessar-fogo desde o início do conflito; o primeiro, em novembro de 2023, durou apenas seis dias.