As atividades do governo federal pode ser paralisadas já a partir de 2027 caso a equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não apresente novas medidas para cortar os gastos público. O ano será o primeiro do mandato após as eleições presidenciais em 2026.
"A situação discricionária [de gastos não obrigatórios] do orçamento federal já pode ser avaliada como crítica, especialmente a partir de 2027, com tendência de agravamento acelerado ao longo do horizonte projetado", informou o estudo.
Porém, na última semana, o presidente Lula chegou a declarar que, se depender dele, o governo não deve apresentar nenhuma nova medida para corte de despesas.
"Não tem outra medida fiscal. Se, durante o ano, a necessidade de fazer [outra] se apresentar, vamos reunir. Se depender de mim, não tem outra medida fiscal", afirmou.
Corte de gastos de mais de R$ 70 bilhões
O Congresso aprovou no fim do ano passado o pacote de corte de gastos públicos que orevê uma economia de mais de R$ 70 bilhões em 2025 e 2026.
As medidas foram necessárias, segundo o governo, para reordenar as despesas obrigatórias (como programas sociais e salários do funcionalismo, por exemplo), que cresceram a um ritmo superior aos limites de variação da despesa previstos no arcabouço fiscal, o que reduz recursos para investimentos públicos.