No estudo publicado recentemente na revista Scientific Reports, pesquisadores detalharam as evidências de canibalismo em 53 ossos encontrados na caverna Maszycka, um sítio arqueológico perto de Cracóvia, Polônia.
Os pesquisadores determinaram que os ossos têm 18.000 anos e datam do período magdaleniano da pré-história europeia e pertencem a pelo menos dez pessoas: seis adultos e quatro crianças, detalha a Live Science.
Restos encontrados com traços de canibalismo em uma caverna na Polônia
© Foto / IPHES/IAM/Antonio Rodríguez-Hidalgo
Usando técnicas avançadas de microscopia 3D, eles identificaram marcas de cortes e fraturas em 68% dos ossos e conseguiram excluir animais carnívoros e pisoteio acidental como causas para as lesões.
Ao analisar duas dúzias de fragmentos de crânio, os cientistas encontraram cortes feitos por escalpelamento, descarnação e remoção de orelhas e mandíbulas. Além disso, as fraturas ao longo das suturas cranianas sugeriram que as pessoas quebravam crânios de cadáveres especificamente para remover os cérebros. Outras evidências destas práticas podem ser vistas nas omoplatas, braços e pernas.
Caverna na Polônia onde foram encontrados fragmentos de ossos com marcas de canibalismo
© Foto / IPHES/Darek Bobak
"A localização e frequência das marcas de cortes e a fraturas intencionais do esqueleto mostram claramente a exploração nutricional dos corpos", disse, em comunicado ao portal, Francesc Marginedas, doutorando do Instituto Catalão de Paleoecologia Humana e Evolução Social (IPHES) e autor principal do estudo.