Em um vídeo publicado no X, o líder israelense detalhou que, em uma reunião com o gabinete de segurança, todos expressaram indignação com o "estado alarmante" em que se encontram os reféns libertados no último sábado (8) pelo movimento palestino, e acolheram "com agrado" a exigência do presidente dos EUA, Donald Trump, de libertar os israelenses cativos antes da data estipulada.
"Se o Hamas não devolver nossos sequestrados até o sábado ao meio-dia, o cessar-fogo terminará e as FDI [Forças de Defesa de Israel] voltarão a combater intensamente até que o Hamas seja finalmente derrotado", ameaçou o premiê.
O Hamas anunciou o adiamento da liberação de reféns prevista para 15 de fevereiro, argumentando que Israel não cumpriu os termos do armistício, atrasando o retorno dos deslocados ao norte da Faixa de Gaza e a entrega de ajuda humanitária no enclave palestino.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu que "o inferno vai eclodir" na Faixa de Gaza se Hamas não devolver todos os reféns israelenses antes do meio-dia deste sábado (15). Ele também afirmou que o povo palestino não terá o direito de retornar a Gaza no momento, pois Washington assumirá o controle do território para construir um "empreendimento imobiliário para o futuro".
As intenções de Trump para Gaza foram rejeitadas por grande parte da comunidade internacional, pelo povo árabe e pelos palestinos.
Desde 19 de janeiro, um cessar-fogo está em vigor na Faixa de Gaza, após 470 dias de hostilidades, como parte de um acordo entre Israel e o Hamas para liberar prisioneiros israelenses em troca de prisioneiros palestinos. Mais de 48 mil palestinos e cerca de 1,5 mil israelenses foram mortos até o momento.
O conflito se espalhou para o Líbano e o Iêmen, provocando também um intercâmbio de ataques com foguetes entre Israel e o Irã.