"Embora não tenha sido possível avaliar completamente a extensão total das necessidades que serão exigidas em Gaza no ambiente atual, a avaliação provisória fornece uma primeira indicação da enorme escala das necessidades de recuperação e reconstrução na Faixa de Gaza", afirma o documento.
O relatório estima os custos de reconstrução e recuperação de curto, médio e longo prazo na Faixa de Gaza em US$ 53,142 bilhões (R$ 305,9 bilhões).
Além disso, outros US$ 4,2 bilhões (R$ 24,2 bilhões) serão necessários para a retoma da agricultura e US$ 2,6 bilhões (R$ 15 bilhões) para a educação. Segundo a ONU, o restabelecimento do setor de transportes do enclave palestino é estimado em US$ 2,9 bilhões (R$ 16,8 bilhões) e do setor de água e saneamento em US$ 2,7 bilhões (R$ 15,6 bilhões).
Situação na região
O Hamas anunciou o adiamento da liberação de reféns prevista para 15 de fevereiro, argumentando que Israel não cumpriu os termos do armistício, atrasando o retorno dos deslocados ao norte da Faixa de Gaza e a entrega de ajuda humanitaria no enclave palestino.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu que "o inferno vai eclodir" na Faixa de Gaza se o Hamas não entregar todos os reféns israelenses antes do meio-dia deste sábado (15). Ele também afirmou que o povo palestino não terá o direito de retornar a Gaza no momento, pois Washington assumirá o controle do território para construir um "empreendimento imobiliário para o futuro".
As intenções de Trump para Gaza foram rejeitadas por grande parte da comunidade internacional, pelo povo árabe e pelos palestinos.
Desde 19 de janeiro, um cessar-fogo está em vigor na Faixa de Gaza, após 470 dias de hostilidades, como parte de um acordo entre Israel e o Hamas para liberar prisioneiros israelenses em troca de prisioneiros palestinos. Mais de 48 mil palestinos e cerca de 1,5 mil israelenses foram mortos até o momento.