Tradicionalmente, o ruído é considerado uma fonte de interferência e erro, por exemplo, nas tecnologias de comunicação ou na operação de dispositivos de computação.
No entanto, um novo estudo mostra que ele pode desempenhar uma função construtiva, diz a professora de radiofísica e dinâmica não linear da SGU, Tatiana Vadivasova. O principal objeto de pesquisa é a sincronização do ruído.
"Imagine uma cachoeira barulhenta e uma orquestra sentada lado a lado, mas com cada músico tocando sua parte sem ouvir os outros ou seguir um ritmo comum. Entretanto, como o ruído da cachoeira, embora aleatório, é mais intenso nas baixas frequências, ele pode ajudar a orquestra a captar um ritmo comum e começar a tocar em uníssono", explica a cientista.
Os físicos da SGU estudaram como as flutuações aleatórias nas conexões entre os elementos de um sistema podem causar um comportamento síncrono entre diferentes partes dele.
Foi descoberto que, ao controlar determinados parâmetros do ruído – intensidade e frequência – é possível melhorar a coerência do sistema e controlar o seu comportamento.
Os cientistas dizem que o estudo pode ajudar no desenvolvimento de redes neurais biológicas no cérebro, o que, por sua vez, contribuirá para o desenvolvimento da IA.