"Temos cinco mil tropas na fronteira sul neste momento. Eu espero que esse número aumente", afirmou Guillot durante a sessão do Comitê de Serviços Armados do Senado.
De acordo com Guillot, o envio de tropas dos EUA para a fronteira sul não afetará a prontidão de combate do país, além de não cancelar nenhum exercício militar programado.
O presidente Donald Trump declarou emergência nacional na fronteira sul entre suas primeiras ordens executivas, imediatamente após assumir o cargo em 20 de janeiro. Na mesma semana, o republicano ordenou que o Departamento de Defesa enviasse 1,5 mil soldados adicionais para proteger a fronteira sul contra travessias de imigrantes e também de criminosos, traficantes de drogas e traficantes de pessoas.
México pede combate ao tráfico nos EUA
Enquanto os EUA acusam o México de permitir a entrada de imigrantes sem autorização legal no país, a presidente do país latino-americano, Claudia Sheinbaum, exigiu que os Estados Unidos combatam em seu território a venda de drogas e o tráfico de armas que cruzam a fronteira e caem nas mãos de criminosos mexicanos. A maior parte do armamento usado pelas organizações criminosas mexicanas é de origem norte-americana, aponta o governo.
"Que os EUA façam seu trabalho para realizar detenções, para evitar a venda de entorpecentes em seu país e o tráfico de armas para o México", declarou. Segundo Sheinbaum, a colaboração e coordenação binacional não se limitam ao intercâmbio de informações de inteligência para que detenções sejam realizadas no México.
"Nos EUA também há crime organizado, e há estadunidenses que vêm ao México para realizar essas atividades ilícitas", acrescentou.
A presidente se referiu em particular ao tráfico do opioide sintético fentanil nas cidades norte-americanas, uma droga que já causou mais de 100 mil mortes por overdose no país vizinho.