"Podemos dizer neste momento que esse grupo, que tinha a intenção de realizar três operações, foi desmantelado. Os que não estão capturados estão fugindo da Venezuela, protegidos por outros países […]. Desmantelado esse grupo terrorista, os que participam ativamente sabem que vamos alcançá-los, não há como não os alcançarmos", declarou Cabello durante coletiva de imprensa.
No pronunciamento, o ministro também informou sobre a captura de vários funcionários ligados às ações terroristas denunciadas pelo governo e destacou que os detidos confessaram como seria executado o sequestro do magistrado Maikel Moreno.
"Eles iam sequestrá-lo para levá-lo em uma lancha, depois o colocariam em um helicóptero […]. Há mercenários dos EUA envolvidos nisso", afirmou.
De acordo com o ministro, o plano terrorista seria executado em três partes. Em dezembro do ano passado, os órgãos do Estado obtiveram informações sobre um ataque com explosivos que seria realizado no forte Conopoima, segundo Cabello.
Além disso, o funcionário revelou parte do material apreendido que seria usado contra instalações militares em dois estados venezuelanos, ataques que ele vinculou à líder da oposição, María Corina Machado.
"A senhora María Corina falou sobre sinais — procurem por eles. Essas mesmas pessoas, após o sucesso que teriam no forte Conopoima, iriam para o forte Tavacare, em Barinas, e de lá se infiltrariam nessa instalação militar, colocariam uma carga de C-4 [explosivo] em um helicóptero. Esse C-4 havia sido entregue a elas por um funcionário capturado", acrescentou.
Na coletiva, Cabello ainda apresentou evidências dos supostos vínculos de setores da direita venezuelana com "mercenários" estrangeiros, a quem acusou de estar por trás da execução da "Operação Aurora" desde 2019.